Fora da aldeia, sobre um monte encontra-se a Igreja, nome que lhe vem do local.
O templo ligado ao cemitério propõe 2 partes distintas: a parte exterior do alpendre e o templo propriamente dito, da época anterior com motivos quinhentistas.
O aparecimento das estelas sepulcrais discóides nos terrenos junto á Igreja faz supor a existência de um cemitério medieval no local.
Pressupõe-se ainda a existência ali de um templo medieval do qual apenas restam vestígios, o que nos leva a pensar que o actual templo de Nossa Senhora do Outeiro, mais não é do que o resultado de sucessivas obliterações sofridas ao longo dos séculos. Certo é de que já existia na 1ª metade do século XVI.
Em 1633 a Igreja era considerada apenas uma capela de termo de Alvito e era da apresentação dos Frades da Trindade de Santarém, tal como Agua de Peixes. Anteposto ao corpo da Igreja há um alpendre com três arcos de volta perfeita, sobre a platibanda, acrotérios de pináculos piramidais. E remates de enrolamento centrados por pináculos idênticos. Gárgulas de pedra nas esquinas. Abobada de nervuras sobre as misulas quinhentistas. Bancos de tijolo correm as paredes, o chão é de ladrilho alentejano.
Á entrada do alpendre pedaços de pedras tumulares formam a soleira. O interior, apresenta uma planta rectangular com abobada de berço não tem elementos ornamentais. Ao fundo ao lado do Evangelho, arco de volta perfeita, o altar de Nossa Senhora de Fátima, hoje é novamente da Nossa Senhora do Rosário. Em frente um arco que dá acesso á capela Baptismal quinhentista, coberta por abobada de nervuras: Pia Baptismal de mármore, forma octogonal. A Pia está coberta pelo arco do triunfo, também de volta perfeita, 2 pedras tumulares servem de degrau de acesso á Capela - Mor.
A Capela - Mor é coberta por abobada de berço com penetrações laterais. No chão, em frente do altar do lado da Epistola, laje sepulcral. O Altar - Mor é composto por retábulo de madeira pintada de azul e vermelho com discretas aplicações de talha dourada. Nicho com porta de vidro.
Reza a história de que todas as primeiras Sextas - Feiras de Março a imagem de Nossa Senhora do Outeiro chorava e suava tanto que tinham ensopado vários lenços e que o azeite da sua lamparina nunca diminuía, aumentando sempre.