Da antiga cerca de Coimbra restam apenas alguns vestigios como o Arco de Almedina que era uma da entradas ou a Torre de Anto.
Arco de Almedina[PT]
Assente na parte mais baixa da cerca medieval, a sua edificação poderá remontar à época do conde Sesnando Davides, que conquistou Coimbra em 1064, tendo sido ao longo dos séculos por diversas vezes reformada e remodelada. Esta porta era defendida, primitivamente, por dois cubelos avançados que, mais tarde, foram ligados por meio de um arco fundo, por sobre o qual foi levantado o forte torreão. O seu aspecto atual poderá ser resultante de uma reforma no início do século XVI, por determinação de Manuel I de Portugal.
Internamente encontra-se decorada com um friso com os baixo-relevos da Virgem com o Menino, ladeada por duas pedras de armas.
Esta era possivelmente uma das torres de maior imponência no perímetro da muralha, devido à sua importância estratégica, uma vez que se constituía no acesso de maior importância, civil e militar, à cidade.
[EN]
Based on the lower part of medieval city, its construction can be traced to the time of Sesnando Davides, who conquered Coimbra in 1064, having been over the centuries several times remodeled and refurbished. This port was defended, primitively, advanced by two turrets that were later connected by an arc bottom, over which was raised the strong tower. Its present appearance may be the result of a reform in the early sixteenth century, by order of Manuel I of Portugal.
Internally is decorated with a frieze with bas-reliefs of the Virgin and Child flanked by two stone weapons.
This was possibly one of the most imposing towers on the perimeter of the wall due to its strategic importance, since it was accessed the most important civil and military, to the city.
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Torre de Anto[PT]
A Torre de Anto, primitivamente denominada como Torre do Prior do Ameal, e atualmente como Casa do Artesanato ou Núcleo Museológico da Memória da Escrita, localiza-se na freguesia de Almedina, Concelho de Coimbra, Distrito de Coimbra, em Portugal.
Trata-se de uma antiga torre, integrante da cerca medieval da cidade, aproximadamente a meio da maior de suas encostas, sobranceira ao rio Mondego. Como outras torres daquela cerca, perdida a sua função defensiva, foi transformada em unidade habitacional na primeira metade do século XVI. Data deste período a a sua designação como Torre do Prior do Ameal, assim como a sua atual aparência, com alterações menores posteriores.
Esta torre celebrizou-se por ter sido a residência do poeta António Pereira Nobre (1867-1900), quando estudante, no final do século XIX. Daí deriva o nome pelo qual é melhor conhecida hoje, conforme o verso, em uma placa epigráfica, na sua fachada:
"O poeta aqui viveu no oiro do seu Sonho
Por isso a Torre esguia o nome veiu d'Anto
Legenda d'Alma Só e coração tristonho
Que poetas ungiu na graça do seu pranto"
Uma segunda placa epigráfica na mesma fachada esclarece ainda:
"Esta Torre de Anto foi assim chamada por António Nobre, o grande poeta do Só, que nela morou e a cantou nos seus versos. E habitou-a mais tarde Alberto d'Oliveira, ilustre escritor e diplomata, o grande amigo de António Nobre e e da Coimbra amada."
Encontra-se classificada como Monumento Nacional pelo IPPAR desde 1935.
[EN]
It is an ancient tower, part of the medieval city wall, located approximately in the middle of the largest of its slopes, overlooking the river Mondego. Like other towers that wall, lost its defensive function, has been transformed into housing units in the first half of the sixteenth century. Date of this period its designation as Torre do Prior do Ameal, as well as its current appearance, with minor changes later.
This tower became famous for being the residence of the poet António Pereira Nobre (1867-1900) as a student in the late nineteenth century.
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