[PT]
"O primitivo mosteiro data de meados do século IX. A nova igreja começou a ser reconstruída no século XVI, tendo sido concluída no século XVIII. A fachada em granito traduz alguma austeridade e a igreja apresenta nave única, com transepto inscrito, capela-mor retangular e torres sineiras, tendo adossadas a capela e a sacristia. No interior destaca-se o altar-mor e os dois altares do cruzeiro, de execução posterior ao edifício, em talha barroca maiata; o coro-alto de grandes dimensões com cadeiral apoiado sobre extenso arco abatido e órgão barroco, o teto em abóbada de canhão formando caixotões na nave e capela-mor. Ainda as duas capelas colaterais que apresentam altares dourados e policromados, a Capela-mor revestida a azulejos de padrão, azuis e amarelos e a relíquia do Santo Lenho que se encontra lá desde 1085."
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"O primitivo mosteiro edificado em Moreira da Maia e dedicado a S. Jorge foi fundado no século XI (RUÃO, Carlos,1996), tendo tido até meados do século XVI várias igrejas anexas. Em 1562, com a extinção do regime das comendas, o mosteiro passou para a dependência de Santa Cruz de Coimbra. Alguns anos depois, em Julho de 1584, o prior D. Jorge decidiu reconstruir integralmente o complexo monacal, que à época estava arruinado. A primeira pedra da igreja foi lançada em Maio de 1588, e em 22 de Fevereiro de 1591 Filipe II decidiu patrocinar as obras do mosteiro, agora dedicado a São Salvador. A fábrica de obras prolongou-se até 1622, ano em que foi realizada a cerimónia de inauguração do templo.
Desconhecem-se quaisquer elementos documentais respeitantes à autoria do projecto, embora a tipologia da igreja esteja filiada no modelo estrutural e gosto estético desenvolvido na arquitectura do noroeste português na segunda metade do século XVI, apresentando evidentes semelhanças com o mosteiro de Grijó.
Com um projecto arquitectónico maneirista, inspirado na tratadística serliana, a igreja de São Salvador de Moreira possui planta de nave única, com falso transepto, formado pela abertura de duas capelas laterais, e capela-mor rectangular. Nas fachadas laterais, na zona de transição entre a nave e a capela-mor, foram edificadas em 1695 as duas torres sineiras.
A fachada, de grande sobriedade decorativa e monumentalidade espacial, divide-se em dois registos, sendo utilizado o sistema de sobreposição de ordens, correspondendo a ordem toscana ao piso inferior, e a jónica ao superior. O primeiro registo apresenta galilé aberta por três vãos de moldura recta, coberta por tecto em caixotões. O segundo registo é bastante mais alto que o primeiro, dando a ideia da presença de um corpo intermédio que na realidade não existe. O conjunto é rematado por empena com relógio central precedida por varandim. Os jogos ilusórios criados na fachada e a verticalidade da sua estrutura apresentam-se como as características "mais" maneiristas do conjunto, num pleno entendimento das formas anti-clássicas.
Interiormente a nave é coberta por abóbada de berço com caixotões, tendo ao fundo coro-alto de grandes dimensões, onde foi colocado o cadeiral dos cónegos, que assenta sobre arco abatido. A capela-mor, com retábulo barroco de talha dourada, é revestida por azulejos de padrão, azuis e amarelos.
A área correspondente à cerca do complexo monacal, actualmente designada como Quinta do Mosteiro, foi fundada no século XI, quando o complexo monacal estava entregue à ordem dos Agostinhos. No século XVII, face ao estado de ruína em que se encontrava, o Prior do mosteiro ordenou a reconstrução do edifício da quinta, terminado também no ano de 1622. Em 1834, com a extinção das Ordens Religiosas, o espaço foi vendido ao desembargador Luís Lopes Vieira de Castro, e alguns anos mais tarde foi comprado pelo tribuno liberal José Estevão de Guimarães. No início do século XX a quinta era propriedade do conselheiro Luís de Magalhães, estadista e intelectual da "Geração de 70". Actualmente a quinta é utilizada como residência particular."
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[EN]
"The original monastery dates from the mid-ninth century. The new church began to be rebuilt in the sixteenth century, and was completed in the eighteenth century. The granite facade reflects some austerity and the church has a single nave with transept inscribed rectangular chancel and bell towers, and addorsed the chapel and the sacristy. Inside stands the main altar and two altars cruise, run back to the building in baroque carvings maiata, the high choir stalls with large segmental arch supported on extensive and Baroque organ, the vaulted ceiling of cannon caissons forming the nave and chancel. Although the two side chapels that feature polychrome and gilt altars, the chancel with tiled pattern, blue and yellow and the relic of the Holy Cross which is there since 1085."
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