[PT]
Edifício granítico, datado de 1582, reedificado em estilo neoclássico no ano de 1767 segundo o projecto do arquitecto Eugénio dos Santos, por iniciativa de João de Almada e Melo e com financiamento da Companhia Geral da Agrigultura das Vinhas do Alto Douro. Desenvolve-se numa sucessão geométrica de janelas - 103 no total dos pisos. Tem planta poligonal com quatro fachadas, duas delas resguardando as duas funções do edifício: a fachada nobre, na Rua de S. Bento, dá entrada para o sector do Tribunal de Relação. A outra entrada, aberta para a Cordoaria, foi construída para a passagem directa dos presos e é, hoje, a entrada principal do edifício. Aqui cumpriram pena nomes como Camilo Castelo Branco, um dos mais famosos escritores Portugueses, preso por adultério, e o célebre Zé do Telhado, preso por roubo. Entre 1999 e 2002 o edifício sofreu trabalhos de restauro, coordenados por Eduardo Souto de Moura e Humberto Vieira, de modo a adequar-se às actuais funções de Centro Português de Fotografia. Este possui um centro de exposições e são possíveis visitas guiadas ao edifício. Ponto integrante da Rota Urbana do Vinho.
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A algumas das celas andam ligados nomes famosos.
No número 8 dos chamados quartos de Malta (eram catorze) passaram, por exemplo, os Mártires da Pátria, o duque da Terceira (António José de Sousa Manuel de Menezes Severim de Noronha) lugar-tenente da rainha D. Maria II nas províncias do Norte, detido em Outubro de 1846; juntamente com vários generais e oficiais.
Camilo Castelo Branco ocupou (1860) o quarto de São João, enquanto Ana Plácido recolhia ao pavilhão das mulheres, acusados, ambos, do crime de adultério.
Na cela que Camilo ocupara daria entrada mais tarde o célebre banqueiro Roriz. E, no quarto a seguir a este, Urbino de Freitas, professor da Faculdade de Medicina, acusado de ter assassinado por envenenamento os sobrinhos para ficar senhor da herança que a eles caberia.
O salteador Zé do Telhado, o caudilho miguelista Pita Bezerra e o jornalista político João Chagas também conheceram as celas da velha cadeia.
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[EN]
Granite building, dating from 1582, rebuilt in 1767 in neo-classical style, according to the design of the architect Eugénio dos Santos, by initiative of João de Almada e Melo and financed by Companhia Geral da Agrigultura das Vinhas do Alto Douro. It presents a geometric sequence of windows (103 on the whole). This polygonal-shaped building has 4 façades, two of which are related to its main functions: the main façade, on Rua de São Bento, allows you to enter the Court sector. The other façade, opened to the Cordoaria Garden, was formerly constructed for the direct passage of prisoners and is currently the building's main entrance. Camilo Castelo Branco, who was one of Portugal's most famous writers and was charged with adultery as well as the famous Zé do Telhado who was charged with theft were kept here. Between 1999 and 2002 the building was restored under the direction of Eduardo Souto de Moura and Humberto Vieira, to become the current Portuguese Centre for Photography, including an exhibition centre. Guided visits to the building are available. Included in the Urban Wine Route.
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A few of the cells are linked to famous names.
For example, the Martyrs of the Nation, the Duke of Terceira (Antonio José Manuel de Sousa de Menezes Severim de Noronha) lieutenant of Queen Mary II in the northern provinces, held in October 1846, along with several generals and officers.
The famous writer Camilo Castelo Branco was here (1860), while Ana Plácido was in the pavilion of the women, both accused of the crime of adultery.
Urbino de Freitas, professor of medicine, accused of murdering his nephews poisoning them to get the inheritance that they would fit.
The famous robber Zé do Telhado and political journalist João Chagas also visited the old jail cells.
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